Advogados Pós-Covid

19.01.21 11:59 AM

Como a Pandemia Pode Mudar a Forma de Contratar um Escritório

Com a Pandemia, a nossa sociedade foi obrigada a se adequar a comunicar-se através de videoconferência. Isto derrubou travas pessoais e muitos assimilaram este novo meio de comunicação. Hoje, mais pessoas são capazes de tratar assuntos delicados, debater pontos de vistas diferentes, trabalhar em equipe, tudo através de videoconferência.

 

Neste ano de 2020, nosso escritório já teve a experiência de adquirir novos clientes, por indicação e através das mídias sociais, cuja primeiro contato e a contratação do serviço foram feitos unicamente através de videoconferência, algo que tempos atrás seria inimaginável.

 

Reitera-se que tivemos novos clientes que surgiram sem que houvesse a indicação prévia de uma outro cliente, pois fomos procurados por conta das redes sociais. Foi revelador, que, tanto para nós como para o cliente, fosse possível estabelecer uma relação de confiança mútua, capaz de dar impulso a uma efetiva prestação de serviço para a elaboração de contratos e defesa em juízo.

 

A indicação sempre foi considerada um elemento essencial na escolha do advogado. Contudo, isto deve ser visto de forma crítica, pois há um forte subjetivismo que nem sempre é o melhor critério para a eleição de um prestador de serviços. Com a capacidade de cotar e de conhecer diversos escritórios, a pessoa que precisa de serviços de advocacia conta com elementos mais objetivos para eleger aquele que lhe prestará serviços. Entendemos que análises objetivas são sempre melhores do que as análises subjetivas.

 

Como já havíamos tratado em outro post (ver aqui),  o uso de tecnologias aceleradas pela pandemia irá impactar na foram com que os serviços jurídicos são contratados e cobrados. Não sabemos que direção irá tomar, mas é certo afirmar que as pessoas irão cotar com diversos escritórios antes de escolher aquele irá defende-lo ou elaborar seus contratos. 

 

A confiança subjetiva baseada na indicação irá perder valor frente à confiança construída objetivamente. O cliente não terá mais opções, e, com mais ofertas, podemos vislumbrar um cenário com menores valores dos serviços jurídicos. Diferente do que se possa imaginar, entendemos que isto irá realçar a capacidade técnica das bancas de advogados, ao invés da sua capacidade de autopromoção, significando um cenário mais positivo para aqueles que tem melhor capacidade técnica.

 

Com mais informação, existe também um ganho social. Dificulta-se a prática condenada pelo Tribunal de Ética da OAB de cobrança excessivas de honorários, pois a parte irá colher informações com diferentes advogados, tendo uma visão mais realista do mercado.